Meu amor pela Inglaterra é imensurável. Tudo quase tudo ali, conspiram de tal forma que eu não teria outra escolha senão ama-la (a mala, sempre lembro do professor falando para ter cuidado em usar palavras que poderiam lembrar outras palavras e expressões foneticamente, tipo these fears e the spheres). Um dos meus amores que mais me perturbam é o metro. Sim, o metro. Isso porque o ex resolveu que iríamos assistir a um filme que se passa no tube (leia-se tchubi). A anta aqui poderia muito bem ter fechado os olhos, dormir, mas não, assistiu toda a epopeia da personagem principal.
O filme se chama Creep.
Amo a praticidade do tube, odeio o cheiro, o som, a aglomeração.
Eis que hoje, na minha leitura diária de the Sun, the independent e BBC me deparo com a notícia que Príncipe Charles andou no tube, depois de 33 anos, para comemorar o centésimo quinquagésimo (diga-me a verdade, você sabia escrever 150° por extenso?) aniversário do sistema de transporte em questão.
Lindo né?! Até que eu li que ele andou por somente uma estação. Nesses aproximadamente 5 minutos (entrar numa estação – Farringdon, pegar o oyster da mão de um assessor, passar na catraca, esperar o trem, entrar, tirar fotos no vagão, sair, passar pela catraca novamente e sair da estação – King´s Cross) ele deve ter causado um tumulto tamanho, que até agora deve ter gente procurando ele pela estação. A comitiva do Príncipe Charles era composta da digníssima esposa Camilla (não sei se é porque nunca fui com a cara dessa Camilla, mas tenho a impressão que eu nunca fiquei sabendo do enlace matrimonial deles. Estou sozinha nessa?) e vários seguranças.
Enfim, o importante desse post é, QUE FALTA ME FAZ NÃO TER QUE PEGAR O CARRO PRA TRABALHAR. Por mais que seja cheio e fedido, transporte público melhora sim a qualidade de vida das pessoas. Quantas pessoas deixariam de usar o carro, simplesmente porque não iam mais precisar procurar vaga, ou pagar o combo combustível + estacionamento (que poderia ser equivalente à minha falência).
Let the heir enjoy the ride then.