Au Pair – Updated

Quando fui para a Inglaterra a primeira vez, por um erro de informação do oficial de imigração que me informou que eu poderia trabalhar normalmente, procurei uma família e  aprendi muito. Tive SORTE em achar uma família assim. Ganhei na loteria! Mantenho contato com eles até hoje, e tenho muito carinho por todos!

Não digo que fui exceção à regra, mas sei de inúmeros casos de fraudes, de retenções de passaportes, e exploração.

Segundo o Home Office, existem algumas regras para se tornar uma au pair. “pessoa jovem de quaisquer dos países abaixo listados que desejam aprender inglês, poderá fazê-lo vindo ao Reino Unido para viver por no máximo 2 anos como membro de uma família que fale a língua inglesa morando aqui. De um/uma au pair é experado que ajude nos serviços de casa e tome conta das crianças por até 5 horas por dia, 5 dias por semana”.

Vamos frizar alguns pontos.

– primeiro você deve pertencer a algum país que tenha sido signatário de um tratado.

– você, se pertencer a este país, poderá ficar por NO MÁXIMO 2 anos.

– o trabalho esperado, apesar de falar de serviços domésticos, são sempre em relação às crianças e tarefas que o resto da família também faça. Ou seja, se só você passa aspirador de pó, lava as roupas, lava a louça, cozinha e passa roupas tem algo muito errado.

– o trabalho deve ser de no máximo 5 horas por dia, no máximo 5 dias por semana.

No site do Home Office os países listados são: Andorra, Bosnia-Herzegovina, Bulgária, Croácia, The Faroes, Macedônia, Mônaco, Romênia, San Marino, Turkia e Groelândia.

“Mas Dona Miss Cherry, e se eu tiver cidadania européia?”

Simples. Você poderá entrar na Inglaterra NORMALMENTE e lá resolver os trâmites para virar au pair. Mas se não for de nenhuma nacionalidade acima listadas (européia – leia-se país integrantes da União Europeia – ou da lista acima) você será ilegal!

Sobre as agências, não posso falar muito delas. Me cadastrei em um site, que não consegui achá-lo. Então meu conselho é nunca pague nada que eles peçam. Peça fotos, faça video chat com a família, pergunte, indague… Jogue o nome das agências no google, procure reviews.

—- Mais informações http://www.homeoffice.gov.uk

Au Pair #2

 

Atualizando.

Sexta feira fui na casa da família onde fui au pair. Cheguei lá e as crianças estavam na escola. Que ansiedade. Sério!!!

Assim que ouvi a porta abrir, vi a Emma. Princesinha. Não mudou nada, mas como cresceu! Nuossa! Toda grandinha, usando uniforme de gente grande, com direito a gravata e tudo (clique aqui para dar uma olhada nos uniformes da Inglaterra). Ao lado dela, meu principezinho, Matthew. Meu Deus!! Onde estava meu bebezinho, que falava Nana (ao invés de Nanny Ana), que morria de rir quando fazia cócegas embaixo do queixo… Sumiu. Matthew virou um homenzinho. Lindo!

Brincamos, nos divertimos muito.

 

No jantar Matthew e Emma quase brigaram porque os dois queriam sentar do meu lado. Problema resolvido, sentei entre os dois. Eles queriam, inclusive, comer o mesmo sabor da pizza que eu! Owwnnnn morde por favor!

 

Quando deu a hora do Mattie dormir, ele subiu com a mãe. Antes de apagar as luzes, ele pediu para a mãe para que eu subisse e desse um beijo de boa noite. (Owwwnnnn²) Morri né?!

 

Au Pair

Quando cheguei na imigração, tinha o visto de estudante, que nada mais é do que um carimbo, informando quando tempo você pode ficar na Inglaterra, e se pode ou não requerer serviços sociais. Acontece que o meu carimbo estava tão mal carimbado (cara, o trabalho do caboclo é carimbar, e nem isso ele faz. Fora o mal humor, típico dos oficiais de imigração) que me informaram que deveria comparecer a uma delegacia de imigração só pra preencher o formulário e pegar um novo carimbo, se necessário.

Assim que pude, fui. O oficial foi muito solícito comigo, nada do que haviam me falado, que eles não ajudam, estão sempre de cara amarrada. Muito pelo contrário, ele estava num ótimo bom humor. Me informou que eu poderia, além de estudar, trabalhar. Sai feliz da vida.

Comecei a procurar trabalhos como au-pair e no início, confesso, foi um pesadelo.

Nos anúncios da agência, só tinham famílias que somente queriam uma empregada doméstica, e não uma au-pair.

Há quatro anos, fui parar na casa de uma família com um pai que sofrera um erro medico incapacitando-o por toda a vida, uma mãe, professora de educação física, uma menininha de 5 anos e um menininho de 11 meses.

Minha entrevista foi bem diferente. Bom, ela foi normal, mas as respostas e reações dos pais foi algo diferente.

Quando perguntaram quais os meus planos para os fins de semana, respondi, quase que envergonhada, que queria passar os finais de semana, feriados e o que mais pudesse, com meu namorado. Os pais me olharam, sorriram e falaram “ótimo! Não queremos você presa aqui, queremos que você saia, passeie e se divirta”. Pagavam, inclusive, a passagem de trem para a cidade do Mr. M (a passagem custava 20 libras). Hã?!?!?!

Resolvi lá ficar.

Isso foi ha quatro anos.

“Meus meninos” eram assim…

Sexta feira irei encontrar com a família. Não estou preparada psicologicamente para encontrar Emma com quase 10 ANOS e Mattie com quase 5!!! Não!! Demais para mim!

*A Inglaterra não permite que brasileiros e brasileiras sejam au pair. Quase me ferrei na imigração, mas graças a Deus, o oficial bonzinho, lembrou de mim (por causa do meu nome enoooorme e por causa do carimbo que nada se via) e falou que realmente não tinha me avisado da proibição de ser au pair. Mas se você vai arriscar, no ilegal mermo, cuidado com as promessas fraudulentas. A média da bolsa ajuda não ultrapassa 120 libras. Você não deve cozinhar e comer com as crianças, e homem solteiro procura au pair é velha, mas ainda tem muita menina caindo no conto da carochinha!